"Aos homens honestos, aos brasileiros sinceros, aos patriotas de fato é que
falo, para que analisem tal assunto com frieza."
falo, para que analisem tal assunto com frieza."
Padrões de discurso podem denunciar psicopatas
Estudo da Universidade Cornell
02 Novembro 2011
Os psicopatas são conhecidos por serem astutos e manipuladores, mas mesmo assim, podem ser traídos inconscientemente, de acordo com cientistas que têm observado os padrões da fala de assassinos condenados e como estes descreveram os seus crimes.
Cientistas da Universidade Cornell, EUA, entrevistaram 52 presos condenados por homicídio, sendo que 14 deles foram classificados como psicopatas, de acordo com o Psychopathy Checklist-Revised, uma avaliação de 20 itens onde lhes era pedido para descreverem os crimes em pormenor.
Usando programas de computador para analisar o que diziam os criminosos, os investigadores verificaram que aqueles que foram classificados como psicopatas mostraram falta de emoção, falavam em termos de causa e efeito ao descreverem os crimes, e concentraram a sua atenção nas necessidades básicas, como alimentação, bebida e dinheiro. Também usaram frases conjugadas no passado mais do que os outros presos e mais interjeições.
O uso do verbo no passado pode ser um indicador de distanciamento psicológico, sendo que as interjeições são-lhes necessárias dado precisarem de mais tempo para pensar sobre o que estão a dizer, servindo de “uma aparente máscara de sanidade”.
Segundo os cientistas, os psicopatas parecem ver o mundo e os outros instrumentalmente, aponta a equipa.
Tal como era espectável, a linguagem usada pelos psicopatas continha mais palavras como conjunções subordinativas. Estas palavras, incluindo "porque" e "para que" estão associadas a declarações de causa e efeito. "Esse padrão sugere que os psicopatas eram mais propensos a ver o crime como o resultado lógico de um plano (algo que “tinha" de ser feito para alcançar um objectivo) ", escrevem os autores.
Enquanto a maioria de nós responde a necessidades de alto nível, tais como família, religião ou espiritualidade, e auto-estima, os psicopatas permanecem ocupados com as necessidades básicas. A análise revelou que, em comparação com os criminosos sem psicopatia, os psicopatas usavam cerca de duas vezes mais palavras relacionadas com as necessidades fisiológicas e de auto preservação, inclusive comer, beber e recursos monetários.
Este tipo de ferramenta poderá ser muito útil para as investigações policiais, inclusive através da análise de mensagens escritas nos novos meios de comunicação.
ALERT Life Sciences Computing, S.A