Wednesday, November 23, 2011

...se quiser falar de mim, que o faça agora. Me dê as flores em vida, o carinho, a mão amiga, para aliviar meus zais. Depois que eu me chamar saudade, não preciso de vaidade, quero preces e nada mais...

CARÁTER, UMA BELA FRASE PARA HOMENS COM "H"

Tenho um amigo que diz que a sociedade é dividida em 2 partes: a primeira, são as pessoas que decoram muitas frases de famosos, filósofos e do Ghandi. Já a outra parte, são pessoas que não têm muitas frases, como eu. De qualquer modo, guardo algumas boas frases na lembrança. Uma em especial, se refere ao caráter de um homem, e foi proferida por um filósofo que não me recordo seu nome, e a frase só me recordo da essência: o verdadeiro caráter de um homem somente se mostra em uma situação crítica.




Essa frase é uma constante nas minhas reflexões, pois até hoje não consegui resolver. Na realidade, não sei como reagiria a uma situação dessas. Às vezes imagino situações como a do rapaz que estava voltando do trabalho pela Marginal Tietê em São Paulo em um dia chuvoso quando viu uma criança no rio. Então parou o carro na grama e se jogou na água para então resgatar a criança. Lembrando que o Tietê é não é um riacho, e o risco de morte ao atravessar ou nadar nele é altíssimo, ainda mais em dias de chuva.



O que você teria feito se fosse o rapaz? Qual é o seu caráter? -Não consigo responder essa pergunta. Talvez tivesse ligado para os bombeiros, não sei. Só saberei quando passar por uma situação dessas - é somente nessas horas que o verdadeiro caráter de um homem aparece.



Imagine então outras situações críticas, como uma guerra, onde você deve atravessar um campo minado com tiros de todos os lados para resgatar um amigo que perdeu a perna, ou até mesmo um pai que abdica do seu tempo e saúde trabalhando em 2, 3 empregos para pagar a educação da filha. Se oferecerem 10 milhões de reais para matar uma pessoa, você faria?



Segundo a definição da Wikipédia, caráter é o termo que designa o aspecto da personalidade responsável pela forma habitual e constante de agir peculiar a cada indivíduo; esta qualidade, é inerente somente à uma pessoa, pois é o conjunto dos traços particulares, o modo de ser desta; sua índole, sua natureza e temperamento. O conjunto das qualidades, boas ou más, de um indivíduo lhe determinam a conduta e a concepção moral; seu gênio, humor, temperamento, este, sendo resultado de progressiva adaptação constitucional do sujeito às condições ambientais, familiares, pedagógicas e sociais.



A fonte ainda diz que caráter é, em definição mais simples, sinônimo de índole, termo usado de forma infeliz para justificar a pena de morte e outras punições. O problema é que o termo atende por um significado mais amplo que o do dicionário (temperamento, comportamento). As pessoas acreditam que todos nascem com índoles, que podem ser boas ou ruins. Um assassino então teria uma índole ruim, e dessa forma não é possível mudar seu comportamento. Quando penso nisso, logo o meu lado racional me cutuca. Não é possível que um bebê com 1 mês de vida já tem o seu comportamento definido. Alguns defendem que o comportamento da pessoa é formado nos primeiros anos de idade - concordo em parte, mas acredito que um idoso de 60 anos pode mudar - se quiser. Eu e minha careca também somos prova de que é possível rs.



E a questão da índole ser imutável atinge a sociedade como um todo. Sabe aquelas coisas de que o brasileiro é acomodado, malandro e deixa tudo para última hora? É um traço do nosso caráter coletivo que se mostrou décadas atrás, porém continuamos ouvindo reproduzindo e justificando nossos atos embasados nessas características. Precisamos compreender que as mudanças a nossa volta, é obra da gente, e não de algo pré-definido, predestinado. Se você deu a volta ao mundo a pé, foi graças ao seu esforço, e não graças a Deus. Enquanto continuarmos com essa atitude, serão poucas as chances de mudar.



Essa questão do caráter pode também ser aplicada na metáfora das máscaras de uma pessoa. Não dizem que em cada situação usamos uma máscara para nos proteger? No trabalho você usa uma máscara de pessoa pró-ativa (urgh, odeio essa palavra), com os amigos põe a da pessoa brincalhona, e por aí vai. No final das contas, sortudo é quem consegue enxergar a si próprio no espelho. O Lash, um grande amigo meu, me contou uma vezque para descobrir quem você é de verdade, basta imaginar alguma situação que viveste. Quando fizer isso, imagine-se como um observador do momento, esse então é você.



E, misturando a idéia das máscaras, com a teoria do ponto de observação (uma ação tem diferentes pontos de interpretação: 1. quem fez; 2. quem recebeu; 3. amigos, família, conhecidos; 4. observador de fora), podemos chegar próximo do caráter de alguém somando a visão do seu círculo com a visão de fora do observador. É como um funeral, quando as pessoas tecem comentários sobre o morto: "ele era um bom homem" ou "era corajoso". Acho que devíamos incentivar esses comentários antes das pessoas morrerem rs. Aposto que salvaria vidas! Como dizia Nelson Cavaquinho, se quiser falar de mim, que o faça agora. Me dê as flores em vida, o carinho, a mão amiga, para aliviar meus zais. Depois que eu me chamar saudade, não preciso de vaidade, quero preces e nada mais.



Gostaria de um dia conhecer o meu verdadeiro caráter, e até lá, nada me impede de lutar pelo o que acredito!

Afinal, o sofrimento é passageiro. Desistir é para sempre !!!!!!!!!!
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José Serra



A proclamação da República, comemorada na semana passada, foi a culminância de um processo de grandes mudanças no Brasil do século 19. Basta lembrar o fim do tráfico de escravos, as primeiras tentativas de utilização da mão-de-obra livre, a expansão da economia cafeeira, o crescimento da população urbana e as campanhas abolicionistas.

Na esfera política, o republicanismo rompeu o imobilismo institucional do Império. É preciso reconhecer que a formação do Estado monárquico teve um papel dinâmico do ponto de vista da formação do país. Permitiu a manutenção da integridade territorial, estruturou a máquina do Estado e lançou os fundamentos da organização nacional. Não foram tarefas fáceis. Algumas delas levaram até a guerras com os países platinos. O Império, no entanto, mostrou-se pouco virtuoso no que diz respeito ao desenvolvimento econômico: foi anti-industrializante, criou barreiras à formação de um sistema de média e pequena propriedades no campo e foi tímido na modernização da infraestrutura.

As bases do subdesenvolvimento brasileiro nos séculos 20 e 21 se encontram no 19, ao qual chegamos com uma economia que se equiparava à dos EUA. Entre 1800 e 1913, no entanto, o PIB por habitante do Brasil estagnou. A economia americana, cujo PIB era próximo ao brasileiro por volta de 1800, aumentou seis vezes no mesmo período. Nossa grande regressão ocorreu durante o Império. A partir do fim do século 19, começamos a crescer mais rapidamente. E, desde esse tempo até 1980, a economia brasileira foi a que mais se expandiu no mundo. Mesmo descontando o crescimento populacional, continuamos na linha de frente, só perdendo para o Japão. Bons tempos, ao menos no dinamismo econômico.

Do ponto de vista da economia, a estrutura monárquica não conseguiu dar conta nem mesmo dos desafios oriundos do impulso gerado, em grande parte, pela atividade cafeeira. Foram o republicanismo e uma nova geração política a encarar esses desafios. Desde os anos 1880 – o manifesto republicano é de dezembro de 1870–, o movimento foi crescendo, em parte ligado à causa abolicionista. Nas duas faculdades de Direito do país – Recife e São Paulo –, a tese republicana dominava corações e mentes dos estudantes. Na literatura e no jornalismo, a batalha era travada sempre tendo como principal referência a Terceira República francesa. A influência chegava até os símbolos republicanos: a figura da Mariana, a Marselhesa, a bandeira tricolor, o barrete frígio. E, grande coincidência, a República foi proclamada justamente no primeiro centenário da Revolução Francesa.

O novo regime, surgido em 1889, reorganizou profundamente a estrutura do Estado. O federalismo, mesmo de cima para baixo, deu outra cara ao país. A Constituição de 1891 foi um avanço. Separou a Igreja do Estado, eliminou o Poder Moderador, criou o Supremo Tribunal Federal, entre outras medidas. Melhorou em muito a gestão pública, apesar da forte presença do poder local, dos coronéis — um obstáculo à plena constituição da democracia entre nós. O Brasil foi, apesar dos percalços, o único país da América do Sul com eleições regulares presidenciais a cada quatro anos, entre 1894 a 1930. Se, como é sabido, ocorriam fraudes, a mera existência de um processo eleitoral permitia a discussão dos grandes problemas nacionais. E foi justamente uma delas – a de 1930 – que ocorreu uma ruptura do sistema que levou à formação do moderno Estado brasileiro.
Esses tempos ecoam na história presente do país. Dos oitenta anos pós-República Velha, foram quase trinta de autoritarismo. Parte dos problemas que temos hoje é reflexo da pérfida relação sociedade civil-Estado que herdamos. O fortalecimento crescente do aparelho estatal foi mantendo ou empurrando a sociedade civil para fora da arena política. O Estado ocupou sozinho a esfera pública. Quem nele está tudo pode. Contudo, quem está fora passou a ser tratado, primeiro, como alienígena; depois, como adversário e, dentro desta lógica perversa, como alguém a ser destruído – como foi o figurino do último decênio.

O regime republicano teve enorme dificuldade de conciliar crescimento econômico e a manutenção das liberdades fundamentais do cidadão. E isso acabou marcando a nossa história desde 1930. Só na segunda metade dos anos 1950 e, mais especificamente, nas últimas duas décadas, é que conseguimos compatibilizar economia e política com a estabilização advinda do Plano Real, a construção de uma rede de proteção social e a defesa permanente do Estado democrático de direito.

Mas o espírito da “res publica”, que começara a reativar-se nos anos noventa, foi desaparecendo. O sonho dos primeiros republicanos, de um governo do povo e para o povo, acabou sendo substituído, numa curiosa metamorfose, por um governo dos, e para os, setores organizados e simpáticos aos poderosos do momento.

Nos anos recentes, o patrimonialismo refez-se em duas vertentes: na formação de uma burguesia do capital estatal e na ocupação pura e simples da máquina do Estado. Ocupação voltada ao sistemático desvio de recursos públicos para partidos, pessoas e manipulação eleitoral. E, desde logo, de uma ineficiência wagneriana na organização e funcionamento do serviço público e, pior ainda, na formulação e execução de um projeto de desenvolvimento nacional.

Isso significa que algumas das características essenciais de um regime republicano foram se perdendo ao longo do tempo, em nome de um suposto pragmatismo que mal esconde arranjos para proteger interesses patrimonialistas e corporativistas que se estabelecem ao arrepio da maioria do povo brasileiro. Precisamos recuperar o espírito da República para que o Brasil possa avançar. Precisamos caminhar de volta para o futuro.








ARAGUAIA EC time de Anápolis X GOIAS ESPORTE CLUBE, válido pela primeira fase do Campeonato Goiano de Futsal, categoria adulto masculino.


Data - 24 de novembro - Quinta-feira.


Horário - 20:00 horas


Local - Ginásio Internacional Newton de Faria/Entrada franca. 



Já vivi o suficiente

para ver que a diferença provoca o ódio.

Monday, November 21, 2011

A prosperidade de alguns homens públicos de Goiás é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento.

A Velha Contrabandista De Stanislaw Ponte Preta


Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?


A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:


- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.


- Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:


- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

- O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha.
- Juro - respondeu o fiscal.
- É lambreta.


Stanislaw Ponte Preta


Lavar a honra com sangue suja a roupa toda.

Stanislaw Ponte Preta

Caminha, placidamente, em meio ao ruído e a pressa e pensa na paz que pode existir no silêncio.
Mantém boas relações com todas as pessoas, a qualquer preço, menos o da tua abdicação. Fala a tua verdade com serenidade e clareza e escuta os outros, mesmos os enfadonhos e os ignorantes, porque também eles têm a sua história. Evita as pessoas espalhafatosas e agressivas; elas causam vexames ao espírito. Se te comparas com os outros, podes tornar-se vaidoso ou amargo, porque encontrarás sempre pessoas de mais ou menos importância do que tu. Deleita-te com as tuas realizações, bem como os teus planos. Conserva-te interessado em tua própria carreira, por mais humilde que ela seja; é um bem real em meio às fortunas transitórias do tempo. Sê cauteloso em teus negócios, porque o mundo está cheio de trapaça. Mas, não permitas que isso te faça cego às virtudes; muitas pessoas lutam em prol de altos ideais e, por toda a parte, a vida está plena de heroísmo.

Sê tu mesmo. Especialmente, não finjas afeições, nem sejas cínico no amor, porque, apesar de toda a aridez e desencanto, ele é perene como a relva. Aceita, com indulgência o conselho da idade, renunciando com graças as coisas da mocidade. Alimenta a fortidão de espírito, para que ele te sirva de escudo contra uma súbita desventura. Não te angusties, porém, ante coisas imaginárias.

Muitos medos nascem da fadiga e da solidão. À parte uma saudável disciplina, sê bondoso contigo mesmo. És um filho do universo, não menos que as árvores e as estrelas; tens o direito de estar aqui. E, quer compreendas isso, quer não, o universo se vai expandindo como deve. Vive, portanto, em paz com Deus, seja qual for a idéia que D’Êle tenhas, e sejam quais forem, teus labores e aspirações na ruidosa confusão da vida, procura ficar em paz com tua alma.

Com todas as imposturas, lidas servis e sonhos desfeitos, este é ainda, um belo mundo. Sê cauteloso.

“Esforça-te por ser feliz.”
(Mensagem encontrada na velha igreja de Saint Paul em Baltimore EUA

Casamento reatado é uma calça velha que a cada dia rasga num ponto diferente. 
Jamais será outra vez inteiro, e com o tempo, não haverá remendo que fique.
 Restará aos cônjuges expor a bunda prá sociedade que sempre soube da realidade escondida nos panos gastos da hipocrisia.
Afinal, a sociedade é justamente o retrato dessa forçação de imagens que não correspondem ao seu perfil. 
Em suma, equivale a dizer que todos escondem de todo o mundo o que todo o mundo esconde de todos. Um círculo vicioso.


(A brincadeira mais divertida de dizer a verdade, lógico que não se aplica à todos, mas a maioria).